terça-feira, 26 de maio de 2009

SE LIGA AI!IMPORTANTE COMUNICADO!

OS ALUNOS DOS TERCEIROS ANOS DO ENSINO MÉDIO DO PERÍDO DA MANHÃ, DEVEM FAZER A GENTILEZA DE LEREM COM ATENÇÃO AS PUBLICAÇÕES ABAIXO:

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO PARA OS 3ª ANOS DO ENSINO MÉDIO -DAC

GRUPOS DO 3ªA QUE NÃO ENTREGARAM O TRABALHO DE DAC NA DATA COMBINADA: (GRUPO 1 - NÚMEROS 28, 14, 44, 17 e 39) - (GRUPO 2 - NÚMEROS 01, 10, 20, 25, 05 e 12) - (GRUPO 3 - NÚMEROS 32, 35, 36 e 40) - (GRUPO 4 - NÚMEROS 06, 24, 27, 11 e 17) - (GRUPO 5 - NÚMEROS 13, 23, 16 e 33) - (GRUPO 6 - NÚMEROS 38, 35, 36 E 41) e (GRUPO 7 - NÚMEROS 07, 34 e 29). GRUPOS DO 3ª B QUE NÃO ENTREGARAM O TRABALHO DE DAC NA DATA COMBINADA:PARABÉNS A TURMA DO 3ª B, QUE HONRRARAM COM O QUE FOI COMBINADO, POIS TODOS OS GRUPOS ENTREGARAM SEUS TRABALHOS NA DATA CORRETA. DEVO LEMBRAR QUE O DAC É UMA DISCIPLINA QUE DEVE SER LEVADO A SÉRIO, POIS FAZ PARTE DA MATRIZ CURRICULAR. OS GRUPOS DO 3ªA QUE NÃO FIZERAM SEU DEVER, OU SEJA, NÃO ENTREGARAM SEUS TRABALHOS, AOS SE JUSTIFICAREM POR ESCRITO, TERÃO UMA NOVA OPORTUNIDADE DE FAZER O TRABALHO QUE ESTÁ LOGO ABAIXO,SOBRE O MESMO ASSUNTO. TÍTULO DO TRABALHO:TRABALHO DE RECUPERAÇÃO DE RESPONSABILIDADES: TEMA: ENERGIA "UMA VISÃO POLÍTICO-ECONÔMICA E SOCIO-AMBIENTAL" NOME________________________________________________Nº__________3ªB NOME________________________________________________Nº__________3ªB NOME________________________________________________Nº__________3ªB NOME________________________________________________Nº__________3ªB NOME________________________________________________Nº__________3ªB QUESTÃO 1.O que se entende por matriz energética? QUESTÃO 2.O que são biocombustíveis? QUESTÃO 3.O que é energia renovável? QUESTÃO 4.Quais são os tipos de biocombustíveis para uso em transportes produzidos no Brasil? QUESTÃO 5.Qual é o papel dos biocombustíveis, atualmente,na matriz energética mundial? QUESTÃO 6.Qual é a participação das fontes renováveis de energia, atualmente, na matriz energética do Brasil e no mundo? QUESTÃO 7.O que é biodiesel? QUESTÃO 8.Quais são os ingredientes utilizados na produção do biodiesel? QUESTÃO 9.O que é etanol? QUESTÃO 10.Como é produzido o etanol no Brasil e no mundo? QUESTÃO 11.Como os biocombustíveis contribuem para a redução do aquecimento global? OS GRUPOS TERÃO ATÉ O FINAL DESTA SEMANA, PRECISAMENTE DIA 29/05/2009, PARA SE JUSTIFICAREM E ESTE TRABALHO (QUE É A ÚLTIMA CHANCE PARA TER ESSA NOTA) DEVERÁ SER ENTREGUE NA PROXIMA TERÇA FEIRA, DIA 02/06/2006
TRABALHO DE DAC - REALIZADO PELOS GRUPOS - 3ª ANOS DO ENSINO MÉDIO RESPOSTAS QUESTÃO 1. Os focos estAvam nas questões POLITÍCO-ECONÔMICA e SOCIO-AMBIENTAL. QUESTÃO 2. O Sol. A energia proveniente do Sol é nuclear (O sol usa a fusão de átomos de hidrogénio para obter outro composto químico: o hélio. A fusão nuclear liberta luz, calor e radiação). A maior retenção, se dá nas Florestas Tropicais, onde existe maior retenção de calor (Ao realizarem fotossíntese os organismos vegetais absorvem gás carbônico e o utilizam para síntese de matéria orgânica.Essa matéria orgânica irá fazer parte dos tecidos do vegetal.Isso impede que o gás carbônico se acumule na atmosfera.Esse gás tem a propriedade de reter calor, contribuindo para o aumento da temperetura do planeta), do que em outros lugares, em função dos níveis de temperatura serem bem maior. QUESTÃO 3. Você não deve ir a uma tabela periódica (neste link, uma pronta para imprimir: http://www.tabela.oxigenio.com/) e consultar, pois lá encontra-rá Propriedades físicas e químicas do Nitrogênio (N), Oxigênio (O), Argônio (Ar), Silício (Si), Magnésio (Mg), Níquel (Ni),Enxofre (S), Titâneo (Ti) e Carbono (C). Para dar duas características quaisquer de cada um deles erá preciso pesquisar: Exemplo: Carbono(C)- Caracteriza-se por apresentar diferentes estados alotrópicos e participar de todas as substâncias orgânicas. Além das formas cristalinas — diamante e grafita —, os carbonos fósseis de vegetais constituem outra forma de carbono elementar que aparece na natureza, mesclado com outros elementos. Nesses casos, a proporção de carbono pode chegar à cerca de noventa por cento, como no antracito, o carvão fóssil de origem mais antiga. Os compostos minerais de carbono, como o calcário (carbonato de cálcio) e a magnesita (carbonato de magnésio), constituem cerca de 0,2% da crosta terrestre. O Níquel (Ni)- Uma das principais características do níquel é melhorar as propriedades da maioria dos metais e ligas a que associa e cristaliza em duas formas alotrópicas regulares: hexagonal e cúbica. Isso deveria ser pesquisado para os outros elementos. Questão 4. Nenhuma. Isso é crise de comércio, nada tendo há ver com o ambiente ( A queda do barril de petróleo não afeta o ambiente diretamente, pois é o consumo mais elevado de seus derivados é que afeta o meio em que o ser humano vive). Nós é que fazemos confusão por falta de conhecimento. QUESTÃO 5. LETRA A. NOTAS SOBRE O ETANOL (neste texto você pode extrair a resposta com maior qualidade, pois a resposta se dá por um conjunto de fatores. NOTAS SOBRE O ETANOL por Fernando Raphael Muito tem sido dito sobre o etanol, principalmente nos últimos meses, por causa da onda de biocombustíveis que se abateu sobre o mundo. Nos EUA é comum dizer que os biocombustíveis utilizam mais energia para serem produzidos do que a gasolina, o que os tornaria mais poluidores que os combustíveis fósseis, no final das contas. O problema, ao meu ver, é que quando se fala sobre isso nos EUA e Europa se tem em mente o processo que eles utilizam para obter os biocombustíveis, que é diferente do nosso. Neste texto procuro fornecer alguns dados que auxiliaram o leitor a compreender melhor a discussão. Há um conceito chave para essa discussão que é o de balanço energético. Balanço energético é a relação entre a quantidade de energia que entra no sistema para produzir combustível e a quantidade de energia que sai ao final do processo. Se ela for igual a 1, significa que o combustível gasta o mesmo tanto de energia para ser produzido em relação a que ele consome. Se for menor que um, o combustível gasta mais energia pra ser fabricado do que a que ele libera depois. Maior que um ele tem um balanço energético favorável ao seu uso. A gasolina se popularizou como combustível no lugar do álcool (já que os primeiros motores a combustão eram movidos a álcool) porque seu balanço energético era favorável. É mais fácil obter gasolina a partir do petróleo do que álcool. Acontece que também é possível obter álcool de outros produtos, como sabemos por meio das bebidas alcoólicas. Essa razão também explica porque o diesel é mais barato que a gasolina, já que é mais barato obter diesel que gasolina a partir do petróleo. Na Europa, atualmente, parte considerável da frota é movida por motores diesel, e o mesmo ocorre em países como Argentina e Paraguai. Nos EUA, em função da escala da produção, a gasolina acaba sendo mais barata. Mas voltando a questão do balanço energético (BE), esta razão determina a praticidade no uso de um combustível. Para se obter álcool a partir do milho, o BE fica e próximo de 1, próximo a 1,3. Como essa razão é muito próxima de um, acaba por ser economicamente dispendioso obter etanol de milho. Os processos que obtém etanol a partir da madeira, ou beterraba, em geral tem processos com BE negativo, o que implica em gastar mais energia para produzir o combustível do que aquele que ele contém. A obtenção de etanol a partir de cana-de-açúcar, no entanto, possui um balanço muito positivo no Brasil, estimado em algo próximo a 8 por 1. Isso quer dizer que para cada unidade de energia que entra no sistema de produção do etanol de cana-de-açúcar, saem 8 unidades na forma de combustível. São poucas as culturas que apresentam um BE positivo, e certamente o álcool de cana é o que tem o melhor BE. Isso acontece porque boa parte da energia usada no processo de obtenção da cana-de-açúcar provém do próprio canavial. A cana-de-açúcar produz muita palha, e também uma espécie de madeira, e ambas são usadas na geração do calor necessário para fermentar o melaço e produzir o álcool. A necessidade de fertilizantes e agrotóxicos também é pequena, em comparação com outros cultivos, o teor de açúcar na cana é muito elevado. Todos esse fatores contribuem para a eficiência energética do processo, e torna viável, química e economicamente a produção de etanol no Brasil. Obviamente, toda essa eficiência foi conquistada com os anos de pesquisa e desenvolvimento que se passaram deste a criação do pró-álcool, e parte dessa eficiência dos canaviais deriva da experiência brasileira na produção de açúcar, que vem desde o tempo da colônia. Os nossos agricultores são muito experientes no manejo da cana, além de termos muitos técnicos na área. Por isso nossa produção é tão eficiente. No Brasil, portanto, a obtenção de etanol é um processo perfeitamente viável do ponto de vista do balanço energético, e é por isso que ele é o mais extenso do mundo. Já se usa até mesmo o excedente das usinas de álcool para a geração de eletricidade, de modo que o canavial torna-se uma grande fábrica de energia. Mas além do balanço energético, que se relaciona com a eficiência ambiental do processo de obtenção de etanol, há uma outra questão: a questão da viabilidade econômica. Para ser economicamente viável o etanol ou álcool não pode custar mais que 70% do preço da gasolina. Há um razão para isso. É que o litro de álcool possui apenas 70% do potencial calórico de 1 litro de gasolina. Isso não se relaciona ao desempenho, que é até superior no álcool, mas sim no consumo. Um carro álcool sempre irá gastar 30% mais combustível que um carro a gasolina. Portanto, ele deve custar no máximo 70% do preço, para que haja uma relação econômica de igual para igual. O grande problema nesse processo, é que o álcool utiliza a mesma matéria prima de um outro bem muito cobiçado no mundo, que é o açúcar. Portanto, quando o consumo ou preço do açúcar sobe, torna-se mais vantajoso produzir açúcar que álcool (o complexo fabril também o mesmo do álcool). No final dos anos 1980, a crise que se abateu sobre o setor ocorreu por causa disso: uma alta no preço do açúcar sem o correspondente aumento no preço do álcool. Depois, quando o preço do açúcar caiu, houve um aumento na oferta de álcool, e os preços, obviamente caíram. Mas então os carros a álcool já estava desacreditados no mercado nacional. Portanto, sob o ponto de vista econômico, o álcool só é viável quando o preço do açúcar está baixo e seu custo não excede, para o consumidor, 70% do preço da gasolina. Deve-se considerar que até a "invenção" do carro flexível em combustível no Brasil, a solução encontrada para manter a produção de etanol e dar vazão aos excedente era aumentar o uso do álcool como aditivo da gasolina. Atualmente essa adição tem variado de 20 a 25% do volume total. Isto significa que mesmo os carros a gasolina rodam com cerca de ¼ de álcool no tanque. Essa foi a forma encontrada pelo governo pra garantir mercado aos produtores de álcool e para regular o preço do álcool ao consumidor. Concluindo, pode-se dizer que mesmo tendo um BE favorável, o uso do álcool só é economicamente viável quando leva-se em conta seu preço em relação aos outros combustíveis. Além disso, o uso de biocombustíveis só pode ser considerado uma alternativa ecológica quando se tem em mente a relação do balanço energético com a questão da eficiência econômica do combustível. No próximo texto procurarei fazer uma avaliação das relações de preço entre os diferentes tipos de combustível, e também avaliar a aplicação do biodiesel nos motores convencionais. LETRA B. A produção de etanol e a segurança alimentar:O texto abaixo é a resposta clara e correta, do ponto de vista de que discute o tema. Muitos especialistas estão discutindo o impacto da produção de etanol que pode afetar a segurança alimentar em todo o mundo. O grande vilão da história continuam sendo os EUA que estão utilizando o milho para transformar em biocombustível e isso é muito preocupante, pois esta cultura serve de alimento tanto para o ser humano como para ração dos animais e por isso pode ser considerado um crime contra a humanidade, como foi dito por autoridades internacionais e em estudos da ONU. A produção de etanol e a segurança alimentar. Muitos especialistas estão discutindo o impacto da produção de etanol que pode afetar a segurança alimentar em todo o mundo. O grande vilão da história continuam sendo os EUA que estão utilizando o milho para transformar em biocombustível e isso é muito preocupante, pois esta cultura serve de alimento tanto para o ser humano como para ração dos animais e por isso pode ser considerado um crime contra a humanidade, como foi dito por autoridades internacionais e em estudos da ONU. O Brasil também tem sua contribuição na subida dos preços em nível mundial, devido à compra, por muito investidores estrangeiros, das terras no país para aproveitar a onda dos biocombustíveis, que tem tido altas expressivas no mercado externo e isso é um problema que irá aumentar a concentração de terra no Brasil e também é uma ameaça ao meio ambiente. A queda da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é um aviso dos ruralistas que continuam demonstrando a sua força como grupo de pressão na sociedade brasileira e a autoridade demitida estava dificultando a concessão de licenças ambientais para o aumento das fronteiras agrícolas no Brasil. O petróleo em alta no mundo também é um problema para a agricultura no Brasil, já que aumenta os custos de produção desta atividade econômica com o aumento dos fertilizantes e mais uma série de insumos para o setor agrícola. Mas mesmo assim o agronegócio brasileiro continua bastante competitivo no mercado internacional e pode ser um instrumento de desenvolvimento da economia do Brasil se a chamada agricultura familiar for apoiada pelo governo Lula. Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas o aumento do consumo da população chinesa pode afetar ainda mais os preços de produtos agrícolas em todo o planeta, sendo que para cada frango consumido na China seriam necessários mais 5,6 toneladas de milho e 2,4 milhões de toneladas de soja. Com a exportação norte-americana de milho de 60 milhões de toneladas e com este produto sendo usado para a produção de etanol haverá um desequilíbrio entre a oferta e a procura do grão fazendo com que uma alta considerável seja sentida no mercado internacional. O mesmo acontece com o aumento do consumo de carne de porco na China, que também faria com que a procura por soja e milho subisse consideravelmente, pois para cada 8 kg a mais seriam necessários 21,5 milhões de toneladas de milho e 7,8 milhões de toneladas de soja. LETRA C. O álcool é um biocombustível produzido da cana-de-açucar, mandioca, milho ou beterraba. Seu uso foi bastante incentivado durante as crises do petróleo nas décadas de 70, atingindo durante a década de 80 seu auge. Caindo em desuso na década seguinte, pela falta de apoio do governo no programa ProAlcool, barateamento do preço da gasolina e falta de desenvolvimento dos motores propulsionados pelo biocombustível. Com o desenvolvimento dos carros com tecnologia flex houve uma grande retomada da oferta e demanda por álcool combustível. O fato de poder optar pelo combustível que tiver a melhor relação custo/benefício e com a diminuição dos custos de produção do álcool combustível e de seu preço final, notou-se um grande interesse por carros dotados desta tecnologia. As injeções eletrônicas atuais permitem um grau de confiabilidade e precisão muito maior no funcionamento de motores com álcool combustível. Seu funcionamento em temperaturas frias não é tão trabalhoso quanto era anteriormente e o consumo do combustível se tornou mais homogêneo e econômico. Fazendo um balanço do Etanol podemos chegar aos seguintes itens: Baixo Custo; Características Solventes Menor Emissão de Poluentes; Melhor Eficiência da Queima; Melhor Grau de "Octanagem" comparado com a Gasolina Comum; Menor Capacidade Calorífera; Características Corrosivas; Seu custo de produção é muito menor comparado ao da gasolina, além de ser obtido de uma fonte renovável como supra-citado. O alto desenvolvimento da produção de cana-de-açucar no Brasil garante quase sempre um custo abaixo do necessário para obter ganhos encima do uso da gasolina comum. Suas características solventes mantêm o motor/câmara de combustão sempre limpas, sem formação de resíduos, mantendo a eficiência volumétrica do motor. Pelas suas características de maior resistência à detonação, que poderia ser comparado na gasolina à uma Octanagem de 110octanas, a Gasolina Comum possui apenas 87, permite uma maior taxa de compressão e avanço do ponto de ignição, características que povoam os melhores motores permitindo maior economia e potência. Esta mesmo grau de octanagem é importantíssimo para os adeptos da preparação de motores pois permite um altíssimo grau de potência, mantendo taxas de compressão mais razoáveis e de melhor eficiência para o motor. O fato ainda de não possuir hidrocarbonetos em sua estrutura evita a formação de monóxido e dióxido de carbono na resultante da queima de ar/combustível pelo motor. Em relação à gasolina o álcool possuí uma menor capacidade de gerar calor, o que gera uma situação comum de dificuldade em partidas à frio. Este mesmo aspecto é bastante apreciado pelos adeptos da preparação de motores para competição, pois permite uma queima mais fria da mistura ar/combustível, contribuindo para a durabilidade do motor. Pelo fato de nosso álcool combustível ser hidratado, há uma grande tendência à corrosão de materiais que não possuam o devido tratamento para evitar tais processos. LETRA D. Recursos energéticos fósseis em escassez e medidas acerca do aquecimento global colocam o Brasil em papel de destaque no cenário energético mundial. Nos últimos anos, a substancial demanda por combustível e uma forte escalada no preço do petróleo, principal produto da matriz energética global, levou o mundo a buscar novas fontes energias. Neste sentido, os biocombustíveis despontaram como uma importante alternativa. Existem divergências entre os especialistas sobre a extração de petróleo no mundo. Alguns afirmam que o “ouro negro” deve acabar em dez ou vinte anos , outros apostam em um tempo maior, entretanto há o consenso de que: o petróleo vai acabar. Partindo desse pressuposto, as comunidades internacionais vêm há alguns anos discutindo o que fazer para suprir a falta dessa fonte de energia, responsável por garantir parte do desenvolvimento da economia mundial. Outra questão importante é em relação ao meio ambiente, mais especificamente sobre o aquecimento global, que aumenta com a emissão de poluentes que são lançados na atmosfera. O assunto já é pauta recorrente e vem sendo tratado com grande destaque nos diversos fóruns mundiais. O Brasil desponta com vantagem neste promissor mercado. Os biocombustíveis representam excelente oportunidade de crescimento sócio-econômico em regiões agrícolas pouco exploradas. O potencial da mamona, presente no Nordeste, bem como o do girassol e da soja, cultivados no Centro-Sul, além do potencial de matérias-primas como babaçu, dendê, andiroba, pequi e macaúba, presentes nas regiões amazônicas, cerrado e semi-árido mineiro, são fortes indicadores de que o país pode se tornar uma futura liderança mundial na produção de biodiesel. Nas viagens internacionais, o Presidente Lula apresenta ao mundo o potencial do país na produção de biocombustíveis, sobretudo o etanol e o biodiesel, como uma solução para resolver as questões de escassez de petróleo. Apesar de algumas entidades ambientais colocarem em xeque os benefícios dos biocombustíveis, a comunidade internacional vê com bons olhos a possibilidade de se criar uma matriz energética baseada no cultivo de vegetais. Isso coloca o Brasil numa situação de liderança mundial, pois a experiência brasileira com o etanol obteve resultados bastante positivos e mostraram ao mundo que é possível utilizar fontes de energia mais limpas. No final do ano passado, durante 20° Congresso Mundial de Energia que aconteceu em Roma, Itália, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, defendeu o uso dos biocombustíveis como uma forma de reduzir o impacto do setor de transportes no meio ambiente. Para o executivo, a experiência brasileira no uso de etanol como combustível é uma amostra de como outros países podem, no curto prazo, utilizar fontes mais limpas em seus diversos meios de transporte. “Devemos olhar para o que acontece no Brasil como uma antecipação do futuro”, afirmou. O executivo destacou que a mistura de 25% de etanol na gasolina e a crescente utilização de veículos flex fuel causaram uma mudança no mercado brasileiro. “No Estado de São Paulo, maior mercado de combustíveis no Brasil, vendemos hoje mais etanol do que gasolina”, exemplificou. Gabrielli acrescentou que na frota de veículos pesados, deverá haver um crescimento do uso do biodiesel, o que também pode contribuir para a redução nas emissões de poluentes. A Petrobrás trabalha e investe em pesquisas afim de se tornar referência mundial em biocombustíveis. Em seu Plano Estratégico Petrobras 2020 e no Plano de Negócios 2008-2012, a estatal apresenta investimentos na ordem de US$ 1,5 bilhão na área de biocombustíveis. Segundo a diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Silva Foster, até março de 2008 três plantas industriais de biodiesel estarão prontas no Brasil e aptas a produzir, no total, 170 milhões de litros anuais do biocombustível. Também está prevista a construção de unidades de biodiesel no exterior, juntamente com parcerias no continente africano, para atendimento ao mercado europeu. “Nossa meta é produzir 938 milhões de litros de biodiesel em 2012” , explica a diretora. Biodiesel O Brasil apresenta condições extremamente favoráveis para o desenvolvimento de matéria-prima para a produção de biodiesel por ter um clima favorável e ampla disponibilidade de água e terras. São 90 milhões de hectares cultiváveis sem qualquer impacto às florestas reservadas. O biodiesel é um biocombustível produzido a partir de diversas oleaginosas, como algodão, amendoim, dendê, girassol, mamona e soja. Gordura animal (sebo) e óleos residuais (“óleo de cozinha”) também podem ser usados como insumo. A BR Distribuidora, empresa do grupo Petrobras, tem papel fundamental no programa de biodiesel , pois graças à sua estrutura de bases e terminais, reúne efetivas condições de distribuir o produto para todo o país, beneficiando o consumidor final. Hoje o biodiesel já está disponível em 5.900 postos da rede espalhadas pelo país. Na cidade de Campinas (95 km de SP) desde setembro do ano passado, 100% da frota de 853 ônibus do transporte público é movida com 2% de biodiesel misturado ao diesel. De acordo com a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas), a cidade é a primeira do país a ter toda a frota de ônibus públicos abastecida com biodiesel. Segundo o Coordenador de Comunicação da Transurc, Paulo Barddal, a meta do município para 2008 é aumentar para 5% o uso do combustível na frota da cidade. “Estamos antecipando em 5 anos a meta do governo federal na adição de 5% de biodiesel nas frotas de ônibus urbanos”, afirmou Barddal. O coordenador ainda frisou que o uso do biodiesel só trouxe benefícios para a cidade, um deles é a diminuição em até 20% da emissão de poluentes. “O uso do biodiesel só traz vantagens, e já não se pode usar a desculpa em relação ao seu valor , pois hoje seu custo já é igual ao do óleo diesel”, finalizou Barddal. Etanol O Brasil é reconhecido mundialmente por seu pioneirismo na introdução do etanol (álcool etílico), produzido a partir da cana-de-açúcar - em sua matriz energética. Desde a década de 70, a Petrobras foi a principal responsável pelo sucesso do maior programa de utilização de combustível renovável no mundo, o Proálcool. Esse projeto possibilitou a adição de 25% de etanol na gasolina, permitindo a retirada do chumbo e gerando grandes benefícios para o meio ambiente e para a sociedade brasileira. Outro fator que contribui com o aumento na produção de etanol é o crescimento nas vendas de carros flex. No mês de janeiro deste ano foi registrado um aumento de 49,5%, passando para 179,731 mil veículos negociados, segundo levantamento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Atualmente, sete montadoras produzem 32 modelos de carros com esta tecnologia. Pesquisas A Petrobras investe pesado em pesquisas sobre a produção de biocombustíveis. O papel do centro de Pesquisa e Desenvolvimento da estatal, o Cenpes, será fundamental na produção do combustível. Afinal, graças às linhas de pesquisa que desenvolveu, o biodiesel será obtido diretamente da semente das plantas oleaginosas típicas da flora brasileira, como a mamona e o dendê, de óleos vegetais extraídos dessas plantas ou da gordura animal. Homem trabalhando em tanque da planta experimental de biodiesel no pólo industrial de Guamaré (RN) No segmento de etanol, estão em análise cerca de 40 projetos de complexos bioenergéticos, os CBios, que serão implementados de acordo com o desenvolvimento do mercado japonês e como resultado de uma parceria entre empresas do ramo sucro-alcooleiro a Petrobras e a empresa japonesa Mitsui, ambas com participação de 20 a 30% em cada empreendimento. Os complexos serão constituídos, cada um, por uma unidade industrial destinada à produção de etanol combustível para exportação. Adicionalmente, poderão ter uma unidade de produção de biodiesel acoplada, para alimentar tratores, caminhões e colheitadeiras. No segmento de etanol, estão em análise cerca de 40 projetos de complexos bioenergéticos, os CBios, que serão implementados de acordo com o desenvolvimento do mercado japonês e como resultado de uma parceria entre empresas do ramo sucro-alcooleiro a Petrobras e a empresa japonesa Mitsui, ambas com participação de 20 a 30% em cada empreendimento. Os complexos serão constituídos, cada um, por uma unidade industrial destinada à produção de etanol combustível para exportação. Adicionalmente, poderão ter uma unidade de produção de biodiesel acoplada, para alimentar tratores, caminhões e colheitadeiras. FIQUE POR DENTRO Conheça os principais tipos de biocombustíveis e suas características: • Álcool ou Etanol Etanol ou álcool etílico é um líquido incolor, inflamável e de odor característico. É composto por moléculas com um grupo de hidroxila ligadas a um de carbono. É miscível em água e em outros compostos orgânicos. O etanol pode ser obtido a partir da cana-de-açúcar e de outras matérias orgânicas substituindo parcialmente o petróleo. • Biodiesel: O biodiesel é um combustível biodegradável produzido a partir de fontes renováveis em diversos processos de fabricação como o craqueamento que quebra as moléculas de oxigênio usando altas temperaturas, a esterificação que é a reação química entre um ácido carboxílico e um álcool que produzem éter e água ou a transesterificação que consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com o etanol ou metanol, sendo este o mais usado. As fontes usadas para originar o biodiesel são: gorduras animais, óleos vegetais de mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão, soja, canola e outros • Biogás: Biogás é a mistura de metano, gás carbono e outros gases em pequenas quantidades que são produzidas a partir de resíduos agrícolas, lixo doméstico, esterco, palha, bagaço vegetal e outras matérias orgânicas em decomposição e por bactérias microscópicas. • Óleo Vegetal: O óleo vegetal é uma gordura obtida através das plantas, predominantemente, das sementes. Os óleos vegetais são usados como óleo de cozinha, como lubrificante, na fabricação de produtos, na pintura e como combustível. Os óleos vegetais são insolúveis em água, porém são solúveis em solventes orgânicos. LETRA E. Há uma oscilação do preço do alimento e da cotação do petróleo que eram +/- diferentes até o ano 2000 e então elas passam a competir muito claramente, ocorrendo uma perspectiva global, onde até bem pouco tempo atrás o Biocombustivel não era presente mundialmente, e o Brasil foi pionero nessa área, motivo pelo qual, temos feito parte das manchetes, pelo pioneirismo. Isso não acontece ainda, só porque somos muitos sábios,somos sábios sim, + também porque somos um pais tropical, com uma belíssima insolação, temos um parque hídrico, existi um regime de culturas que facilita a produção,territórios agricultáveis imensos, nos dando grande vantagem no uso da biomassa,portanto, boas circunstâncias nos dera esse equilíbrio energético.

Milho na produção de Etanol

O texto abaixo você encontra argumentos que reforção a inviabilidade de se utilizar o milho para a produção do Etanol (questão 5 letra B do trabalho ) Por que é polêmico produzir etanol a partir de milho? Posted on: outubro 23, 2007 4:47 PM, by Paula Signorini Um dos assuntos nas pautas dos principais jornais e revistas dos últimos dois meses, pelo menos, é a polêmica da produção de álcool a partir do milho. Os conflitos giram em torno de causas ambientais, sociais e econômicas. Segundo artigo publicado pela BBC Brasil de hoje, a utilização de etanol de milho "não é uma solução para o aquecimento global, nem uma maneira de reduzir a dependência de petróleo". Os EUA são os maiores produtores de etanol do mundo, seguidos pelo Brasil, que produz, principalmente, etanol a partir de cana-de-açúcar. Problemas Água - Um dos problemas associados à cultura de milho é o alto consumo de água (maior que para produção de soja e algodão, considerada a mesma área de cultivo). Junto a isso, existe o problema do uso indiscriminado de nitrogênio como fertilizante do solo, que pode vir a contaminar o lençol freático, os rios e águas costeiras. Outro artigo, publicado a partir de estudos do National Research Council, dos EUA traz um dado acerca do consumo de água pela refinaria de álcool. A mesma quantidade utilizada para abastecer uma usina que produz 100 milhões de galões de combustível por ano poderia abastecer uma cidade de 5.000 habitantes. Aumento no preço de alimentos - 2007 promete a maior safra de milho dos EUA desde 1944. O preço do milho dobrou nos últimos anos, e a tendência é continuar aumentando. Enquanto esta é uma boa notícia para os produtores de milho, para os consumidores a idéia não é tão aprazível. Há quem se pergunte quais outros cultivos serão substituídos por milho, que é mais rentável, colocando ainda mais pressão nos preços dos alimentos. A produção de soja teve seus preços projetados para aumentar 30% no próximo ano. Como o preço do principal componente da ração animal americada vem aumentando, é de se esperar aumento também nos preços de leite e derivados e carne de frango e ovos. A notícia é do NYT. Área - Um dado da Organization for Economic Cooperation and Development diz que trocar 10% do combustível utilizado pelos motores nos EUA por biocombustível necessitará de um terço da área utilizada hoje para produção de cereais, sementes oleaginosas e lavouras de açúcar. Leia mais aqui no NYT. Milho X Cana-de-açúcar + O balanço de energia para converter milho em energia é negativo (1:1,29), ou seja, para cada 1Kcal de energia fornecida pelo etanol de milho, foi necessário 29% a mais de energia (1,29Kcal) para produzi-lo. O balanço energético da cana-de-açúcar é positivo (1:3,24), ou seja, cada 1 Kcal investida tem 3,24 Kcal de retorno. + A cana-de-açúcar produz três vezes mais álcool por área do que o milho. + O custo de produção do etanol de cana-de-açúcar é U$ 0,28/L e o de milho U$ 0,45/L. + A redução de gases do efeito estufa na produção e combustão do etanol de cana-de-açúcar, comparada com combustíveis fósseis, foi de 66%. Para o etanol de milho, esta redução foi de apena 12%. + A indústria de álcool americano somente é viável devido ao subsídio de U$4,1 bilhões por ano para a produção de milho e etanol. No Brasil, esta prática não existe. Outras comparações aqui. A produção de etanol a partir de milho pode ser uma estratégia utilizada pelo governo brasileiro para manter os preços, principalmente durante a entresafra da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é, dos pontos de vista econômico, energético e ambiental, a melhor alternativa para a produção de biocombustíveis no Brasil. Saiba mais: + Lugar do milho não é no tanque de gasolina, diz jornal americano - Folha Online + The High Costs of Ethanol - The New York Times + Cana-deAcúcar: a Melhor alternativa para Conversão da energia solar e Fóssil em Etanol - Andreoli e De Souza

ENERGIA

QUESTÕES PARA A ATIVIDADE AVALIATÓRIA DE DAC O texto abaixo é uma introdução, para uma sequência de perguntas, já com respostas, sobre o Etanol. Nesta introdução, temos a resposta de uma das questões do trabalho também (Questão 4), onde fica evidente que a queda do barril de petróleo é uma questão puramente econômica, nada tendo há ver com a questão sócio-ambiental. Você deve estudar as questões que servirão como base, para a nossa atividade, que fecha a questão do tema ENERGIA. 70 questões para entender o etanol O barril de petróleo bateu em 109 dólares na semana passada. O consumo mundial chegou a 1 000 barris por segundo. O barril de petróleo bateu em 109 dólares na semana passada. O consumo mundial chegou a 1 000 barris por segundo. A combinação desses dois números é o melhor indicador de que a busca por combustíveis alternativos deixou de ser uma atividade pitoresca para se elevar ao centro das atenções das empresas, dos governos e das instituições internacionais. Entre todos os combustíveis alternativos, o mais viável atualmente, do ponto de vista econômico e ambiental, é o etanol. Entre todos os tipos de etanol, o de cana-de-açúcar é o que tem maiores chances de participar substancialmente da matriz energética planetária. Entre todos os países produtores de etanol, o Brasil é aquele que apresenta as melhores condições geográficas, climáticas, culturais, econômicas e tecnológicas para liderar a produção do etanol, nome pelo qual é mais chamado hoje no pl aneta o álcool combustível, velho conhecido dos brasileiros desde a iniciativa pioneira dos anos 70, desencadeada pela primeira crise do petróleo. Desde seu ressurgimento meteórico no cenário mundial, o álcool/etanol tornou-se alvo de todo tipo de especulação, sendo motivo de projeções nacionalistas gloriosas. Foi motivo também de outro tipo de especulação, muito mais pessimista: para manter a frota global de carros rodando, o planeta seria obrigado a abandonar o cultivo de alimentos para plantar cana-de-açúcar e produzir etanol. Para colocar a questão do etanol na perspectiva correta, VEJA organizou o questionário das páginas seguintes. São setenta perguntas e respostas que cobrem todas as principais questões levantadas pela entrada do etanol no foco dos holofotes. Nessa tarefa, VEJA valeu-se de inúmeras fontes e teve o privilégio de contar com a dedicação especial de um dos maiores especialistas no assunto, Luiz Augusto Horta Nogueira, engenheiro mecânico e doutor pela Universidade E stadual de Campinas. Nogueira é pioneiro nos estudos que levaram à criação da área de biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo, da qual foi diretor de 1998 a 2004. Hoje é professor titular do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá e consultor para bioenergias de diversos órgãos internacionais, entre eles o Banco Mundial e a FAO, a divisão de agricultura e alimentação das Nações Unidas. PANORAMA 1 - O que são os combustíveis "verdes"? São aqueles cuja emissão de CO2 durante o processo de produção ou no cano de descarga dos carros é menor que a proveniente do diesel e da gasolina. 2 - Quais são os combustíveis "verdes"? Os mais viáveis são o etanol e o biodiesel. O hidrogênio líquido e a eletricidade produzida por baterias não emitem nenhum tipo de fumaça quando utilizados como combustíveis de automóveis. Seu uso, porém, ainda é restrito por problemas de distribuição e de pouca autonomia. 3 - Qual o menos poluidor? A forma como os combustíveis são produzidos deve ser levada em conta na resposta e não apenas o que escapa do cano de descarga. A produção de hidrogênio exige gasto de eletricidade, o que, por sua vez, requer a queima de carvão e petróleo em termelétricas. Em termos globais, 60% da energia elétrica vem do carvão, a mais poluente das fontes energéticas. 4 - Por que o etanol e o biodiesel são os mais viáveis? O etanol e o biodiesel têm a vantagem de, por ser líquidos, aproveitar toda a estrutura logística da gasolina e do diesel. O etanol tem uma equação econômica ainda mais favorável, em razão da produtividade. Com 1 hectare de terra se consegue produzir 7 500 litros de etanol. No caso do biodiesel de soja, obtêm-se 600 litros por hectare. O etanol continuará atraente mesmo que o preço do barril de petróleo caia a 35 dólares. Todas as demais alternativas energéticas "verdes" só se tornam economicamente atraentes quando o barril de petróleo está valendo, no mínimo, 80 dólares. 5 - Quanto esses combustíveis representam hoje no consumo mundial? São utilizados 600 bilhões de litros de combustível por ano no mundo. O consumo de biocombustíveis (etanol de cana, etanol de milho e biodiesel) é de 10% disso, algo em torno de 60 bilhões de litros. 6 - Qual é a parcela de etanol no consumo mundial? O mundo utilizou, em 2007, 54 bilhões de litros de etanol. O país produziu, na última safra (parte da qual será vendida ao longo deste ano), 21,5 bilhões de litros. Desse total, pouco mais de 3 bilhões deverão ser exportados. 7 - Quanto o etanol pode representar no futuro? A estimativa é de que o etanol chegue a prover 20% de todo o combustível líquido usado no mundo. Em valores de hoje, 120 bilhões de litros. 8 - O etanol brasileiro, em particular, que fatia terá? O Brasil, por suas características de clima, área agricultável, teria condições de suprir 10% da demanda mundial. A questão é que a próxima fronteira tecnológica já se anuncia. Está em desenvolvimento o etanol de celulose, obtido a partir de uma variedade maior de plantas e gramíneas. Já há fábricas em teste no mundo, mas ainda não se aperfeiçoou o processo para torná-lo comercialmente viável. Ele pode vir a ser tão ou mais rentável que o etanol feito de cana-de-açúcar. 9 - Que países estão adiantados na corrida pelo etanol de celulose? Os Estados Unidos lideram as pesquisas e o Brasil vem logo atrás. Calcula-se que leve ainda entre cinco e dez anos para os primeiros litros chegarem ao mercado. 10 - Além da ainda relativa abundância, que outras vantagens tem o petróleo? Ainda não está inteiramente resolvido o problema da padronização internacional do combustível verde. Além disso, se queimar petróleo polui, tirar petróleo da terra ou do mar é uma atividade limpa, enquanto produzir etanol exige ocupação de vastas áreas de terreno, irrigação e uso de químicos agrícolas. A falta de um mercado mundial é um entrave ao etanol. 11 - Um dia a eletricidade vai aposentar o etanol? No Brasil as hidrelétricas produzem de forma limpa mais de 90% de toda a energia elétrica. Na maior parte dos países, porém, a eletricidade é obtida com a queima de carvão. Portanto, o processo de produção da eletricidade é muito poluente. No futuro, a energia nuclear poderá substituir o carvão e – caso esteja resolvido o problema da destinação final do lixo atômico – será possível obter eletricidade sem poluição. 12 - Como se posiciona o hidrogênio nessa corrida? Vale o mesmo raciocínio usado para a eletricidade. Quando o processo de produção do hidrogênio líquido for limpo, ele será o menos poluente de todos os combustíveis. 13 - A partir de quais matérias-primas se pode produzir etanol hoje no mundo? As mais desenvolvidas são o milho e a cana. Alguns países utilizam também a beterraba, o trigo e a mandioca. Brasil e EUA produzem 85% do etanol mundial (O Brasil produziu 21,5 bilhões de litros e os EUA, 24,5 bilhões de litros, na última safra). O terceiro colocado é a China, com 2,7% de participação nesse mercado. Em quarto lugar está a União Européia, com 2,5%. 14 - Quais são os principais países produtores de etanol? Brasil (cana-de-açúcar), Estados Unidos (principalmente milho, mas com boa perspectiva de chegar primeiro ao etanol de celulose), Canadá (trigo e milho), China (mandioca), Índia (cana, melaço) e Colômbia (cana e óleo de palma). A Alemanha produz metade do biodiesel do mundo. 15 - Quais as vantagens do etanol produzido a partir de cana-de-açúcar sobre os demais tipos de etanol? A primeira é a limpeza. Para cada litro de gasolina utilizado na lavoura ou na indústria, são produzidos 9,2 litros de etanol. No caso do etanol de milho, essa relação cai para 1,4 litro de etanol para cada litro de combustível fóssil empregado no processo. A segunda é a produtividade. No Brasil, são produzidos 7 500 litros de etanol por hectare plantado de cana. No caso do milho, cada hectare produz 3 000 litros. 16 - Como se compara o etanol com os demais combustíveis verdes? O etanol é o único que alia maturidade tecnológica e baixo custo de produção. 17 - Que outros países produzem etanol de cana-de-açúcar? A cana-de-açúcar se desenvolve melhor nas regiões entre os trópicos. Isso compreende a porção norte da América do Sul, África, sul da Ásia, norte da Oceania, América Central e sul da América do Norte. Mas hoje só China, Colômbia, Tailânda, Índia e Austrália têm produção regular. 18 - Por que o etanol despertou a atenção mundial? Porque os Estados Unidos se renderam às evidências e, como são o maior consumidor de combustível do planeta, chamaram a atenção de todos para a inevitabilidade de conseguir um combustível limpo em curto prazo. 19 - Os combustíveis verdes – e o etanol em especial – podem substituir o petróleo em outros usos que não o transporte? Quais são esses usos? A alcoolquímica, o equivalente do etanol para a petroquímica, já desenvolveu alguns produtos, como plásticos e resinas. Ainda são experimentais, mas começam a surgir negócios como a substituição de nafta por etanol na fabricação de tubos de PVC. É grande a expectativa sobre o plástico de etanol, que tem a vantagem de ser biodegradável. 20 - O etanol se presta a usos como eletrificação e aquecimento? Isso é possível com a utilização do bagaço de cana que sobra na fabricação do etanol. Se todas as 336 usinas brasileiras estivessem produzindo eletricidade, trabalhando com a tecnologia mais avançada já disponível, o potencial de geração seria de 12 000 megawatts, em 2015, similar à capacidade da usina de Itaipu. Esse potencial poderá triplicar, nos próximos dez anos, com os novos processos em desenvolvimento. 21 - Quando começou a produção de etanol a partir de cana-de-açúcar? As primeiras experiências no Brasil foram feitas na década de 20, mas o grande impulso se deu na década de 70, quando foi criado o programa nacional do álcool. 22 - Qual a parcela da frota brasileira que utiliza etanol? Dos 19 milhões de automóveis, cerca de 13,6 milhões são movidos a gasolina. Há 200 000 carros movidos a álcool. Outros 5,2 milhões são flex. No ano passado, 85% dos veículos novos saíram de fábrica com motor flex. A continuar assim, em 2015, quando a frota brasileira de automóveis estiver em 30 milhões de unidades, 19 milhões serão bicombustíveis. 23 - O etanol poderá substituir a gasolina como o combustível mais usado no mundo? Não. Calcula-se que toda a disponibilidade de terras e condições climáticas seja suficiente apenas para a produção de 20% do combustível utilizado no mundo. CONSUMIDOR 24 - Quais as vantagens do etanol sobre a gasolina para os consumidores? O álcool é menos econômico, mas dá mais potência ao motor. O benefício ambiental, no entanto, é o grande atrativo. 25 - A partir de que diferença de preço o etanol passa a ser economicamente compensador? Como tem rendimento inferior ao da gasolina (é preciso mais álcool para o veículo percorrer a mesma distância), o álcool tem de custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Com o litro de gasolina a 2,50 reais, vale a pena usar o álcool se ele estiver, no máximo, a 1,75 real. 26 - Existe uma proporção ideal de mistura de etanol e gasolina? Não. Com os carros flex, pode-se usar qualquer proporção desses combustíveis no tanque. 27 - É melhor usar etanol puro ou misturado A gasolina? Não há diferença. Do ponto de vista econômico, a escolha depende do preço desses combustíveis na bomba. 28 - É verdade que se deve intercalar o abastecimento de álcool com gasolina para manter o motor lubrificado? Não há necessidade. Os motores são feitos de ligas preparadas para trabalhar a vida inteira com álcool. 29 - Deve-se optar pela gasolina no inverno? Os carros a álcool têm mais dificuldade para começar a funcionar em ambientes mais frios. Mas não é necessário substituir o combustível. Basta ter o reservatório de gasolina, localizado junto ao motor, sempre abastecido. 30 - O etanol pode trazer danos ao motor? Pelo fato de o etanol ser mais corrosivo do que a gasolina, os motores dos carros flex e a álcool têm de ser fabricados com ligas especiais, mais resistentes. 31 - O que muda no motor flex em relação aos convencionais, a álcool ou a gasolina? Ele tem sensores que identificam o tipo de combustível que se está usando (ou a proporção de cada um no tanque) e regulam o motor automaticamente. 32 - Um motor a etanol tem a mesma durabilidade dos motores a diesel ou a gasolina? Não há diferença quanto à durabilidade. 33 - Há o risco de comprar etanol adulterado, assim como ocorre com a gasolina? Sim, da mesma forma que acontece com a gasolina. 34 - O que pode provocar variações no preço do etanol? Por ser um produto de base agrícola, o etanol está sujeito às variações de preço em razão da safra e de fenômenos climáticos. Essa situação só será resolvida quando for criado um estoque regulador. O preço do petróleo também influencia. Vira uma referência para o revendedor, que pode tentar aumentar sua margem de lucro. 35 - O etanol brasileiro é caro ou barato, comparado ao de outros países? O etanol do Brasil é o mais barato do mundo. Essa é a razão dos altos impostos de importação mantidos pelos Estados Unidos, que chegam a dobrar o preço do etanol brasileiro importado. 36 - Quem tem carro a álcool corre o risco de ficar sem combustível, por problemas na produção, a exemplo do que aconteceu recentemente com o veículo a gás no Rio de Janeiro e em São Paulo? O risco é baixo. O mercado de etanol já se desenvolveu a um ponto em que se tornou mais difícil aos usineiros reduzir sua produção de álcool para priorizar a exportação de açúcar, como ocorreu na década de 80. Mas o governo não deve abrir mão dos mecanismos de controle. 37 - Veículos pesados, como caminhões, poderão usar o etanol como combustível? Para os veículos pesados, o mais indicado é o diesel. Nesse caso, a melhor alternativa energética seria o biodiesel, que ainda não conseguiu alcançar o mesmo patamar de produtividade que o etanol de cana-de-açúcar. 38 - O automóvel perde força e velocidade? Ao contrário, ganha mais força de arranque e velocidade final. MEIO AMBIENTE 39 - O etanol ajuda mesmo no combate ao aquecimento global? A adoção do etanol é considerada um dos principais mecanismos de combate ao aquecimento global, pois reduz as emissões de CO2. 40 - De que forma? Todo o gás carbônico emitido pelos veículos movidos a álcool é reabsorvido pelas plantações de cana-de-açúcar. Isso faz com que as emissões do gás sejam reduzidas. Além disso, a grande diferença em relação ao petróleo é que o etanol usa o gás carbônico retirado da atmosfera pelas plantas. O petróleo joga na atmosfera o gás carbônico armazenado no solo e não o reabsorve (veja quadro). 41 - A cadeia produtiva do etanol – plantio, colheita, industrialização e distribuição – causa prejuízos ao meio ambiente? Há, sim, alguns impactos ambientais que ainda precisam ser eliminados. As queimadas são um exemplo. Em São Paulo, elas deverão ser totalmente abolidas até 2017. A vinhaça, o principal rejeito industrial da fabricação do etanol, também precisa ter destinação adequada para não contaminar os mananciais. Algumas usinas já a utilizam como adubo natural na lavoura de cana – não apenas por consciência ambiental, mas porque há uma redução de custos com fertilizantes. 42 - A plantação de cana-de-açúcar consome água a ponto de afetar os mananciais? Esse é um risco. É necessário adotar mecanismos de reciclagem da água empregada no processo de fabricação. A produção de etanol em usinas mais ultrapassadas consome 21 000 litros de água por tonelada de cana. Hoje, as melhores usinas usam entre 5 000 e 1 000 litros. A sorte é que elas são maioria no país. 43 - A plantação de cana pode provocar desmatamento na Amazônia e no cerrado? As entidades de produtores de etanol alegam que, embora o solo da Amazônia seja favorável à cana, o regime de chuvas da região Norte não é compatível com essa cultura. Isso, no entanto, não elimina o risco de que a expansão da lavoura de cana "empurre" em direção à Amazônia outras atividades igualmente indutoras do desmatamento, como a pecuária e a produção de soja. 44 - O plantio da cana degrada o solo? Sim, pode reduzir a fertilidade da terra. Daí a necessidade de fazer o rodízio com a cultura de leguminosas, como feijão, amendoim e soja. A cana tem de ser replantada a cada seis anos. No intervalo de seis meses entre a retirada das plantas antigas e o replantio é que se alterna a cultura. 45 - Por que muitos produtores de cana-de-açúcar queimam a lavoura antes da colheita? Para eliminar as folhas, o que abre espaço entre as plantas e evita que os trabalhadores se cortem com as folhas afiadas. A prática, no entanto, está condenada e terá de ser totalmente abolida no estado de São Paulo até 2017. 46 - Qual é a destinação dos rejeitos da produção de cana? Além da vinhaça, usada na fertilização do solo, há o bagaço. Parte dele é empregada nas caldeiras para gerar energia. O que sobra é vendido às indústrias. Quase todo o suco de laranja produzido no Brasil utiliza o bagaço como fonte de energia. A palha (folhas secas) é usada também nas caldeiras. O que sobra fica no campo, como adubo. 47 - As usinas de etanol utilizam combustíveis fósseis para funcionar? Para gerarem a própria energia, elas usam o bagaço de cana como combustível nas caldeiras. Entretanto, como toda atividade produtiva, o sistema de transportes que abastece as usinas utiliza combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina. Além disso, os defensivos agrícolas e adubos têm substâncias derivadas de petróleo em sua composição. Até o óleo usado nas máquinas entra na conta do balanço ambiental. 48 - As usinas criam transtornos para a vizinhança? Um dos principais problemas é o odor que se espalha pelo ar, proveniente da fermentação natural do bagaço da cana e da vinhaça. 49 - Quanto das emissões de gases de efeito estufa a produção de etanol poderá reduzir no futuro? Ela já reduz hoje entre 60% e 90% das emissões (dependendo da eficiência do processo de fabricação). Não há estudos que indiquem uma redução ainda maior. IMPACTO SOCIAL 50 - Há risco de que a produção de etanol prejudique a produção de alimentos no mundo? Parte da alta de preços de alimentos no mundo, no ano passado, pode ser atribuída à expansão da lavoura de milho voltada para a produção de etanol nos Estados Unidos, mas o mundo produz mais alimento do que consome. Em São Paulo a plantação de cana ocupou o espaço de pastagens, nos últimos anos, sem que a produção de carne bovina tenha diminuído. 51 - Se isso acontecer, quais serão os efeitos? No Brasil, dificilmente isso ocorrerá. Dos 340 milhões de hectares disponíveis para plantio (aráveis) no país, somente 90 milhões seriam adequados à cultura de cana, que atualmente ocupa apenas 7 milhões de hectares (metade deles para a produção de açúcar). O que tem mais chance de acontecer é um deslocamento das lavouras à medida que a cana dominar os espaços antes ocupados por outras culturas. Pode haver ajustes de preços regionais por causa de mudanças na logística de abastecimento. 52 - As relações de trabalho na indústria da cana-de-açúcar respeitam o trabalhador? Em geral, a realidade do cortador de cana ainda é muito difícil, com jornadas excessivas, baixa remuneração e condições sanitárias ruins. 53 - O que gera mais empregos, a indústria de petróleo ou a de etanol? O etanol emprega vinte vezes mais mão-de-obra por litro produzido do que o combustível fóssil e alternativas energéticas como o hidrogênio e a eletricidade. 54 - Em números absolutos, o que isso significa? São Paulo emprega 400 000 pessoas diretamente na produção do açúcar e do álcool atualmente. Mas, com o avanço das técnicas e a mecanização da lavoura, esse número pode cair à metade. Em outras regiões produtoras a tendência é a mesma, mas em ritmo menor. ECONOMIA 55 - Qual é o limite máximo da produção de etanol além do qual se pode prejudicar a disponibilidade de terras para outras culturas? Em tese, há ainda 77 milhões de hectares a ser ocupados no Brasil sem afetar o espaço dedicado a outras culturas. Atualmente, a cana-de-açúcar ocupa 7 milhões de hectares, menos do que a soja (22 milhões) e o milho (13 milhões). 56 - Há no Brasil mão-de-obra qualificada para a produção de etanol em larga escala? Faltam, principalmente, profissionais de nível superior com qualificação específica, como engenheiros. Não há cálculos exatos desse déficit. 57 - O Brasil compete em condições de igualdade no mercado internacional de etanol? O preço do etanol brasileiro é bastante competitivo. É até 50% mais baixo do que o do etanol de milho, o que explica o fato de o Brasil deter hoje 40% da produção mundial de etanol. 58 - O Brasil subsidia os produtores de álcool? Não. Os subsídios foram pesados no passado, na primeira fase do programa do álcool, mas hoje não há nenhum subsídio aos produtores. O que existe é uma tributação diferenciada, que é maior para a gasolina do que para o etanol, por suas qualidades ambientais. A mesma política é adotada para o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o diesel. 59 - Quando começou a produção a sério de etanol nos Estados Unidos? Nos últimos três anos, o governo americano passou a dar mais ênfase à produção de etanol, como alternativa à dependência de petróleo e ao aquecimento global. TECNOLOGIA 60 - Existem alternativas para aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? A principal delas é o desenvolvimento das novas tecnologias de extração de etanol das plantas. Os estudos indicam que se poderá até triplicar a quantidade de álcool se se passar a aproveitar o bagaço e as folhas da planta no processo de produção. 61 - Por que o etanol produzido pelo Brasil, a partir da cana-de-açúcar, é melhor do que o produzido pelos Estados Unidos? A qualidade do produto final é igual. O que os diferencia é a produtividade. Um hectare de cana-de-açúcar produz 7 500 litros, enquanto 1 hectare de milho produz 3 000 litros. 62 - O que o Brasil precisa fazer para obter e manter a liderança tecnológica? Investir pelo menos quinze vezes mais do que o atual patamar de 100 milhões de dólares por ano somente em pequisa para a obtenção da tecnologia de produção do etanol de celulose, que, além de aumentar a produtividade por hectare, possibilita a utilização de outras plantas e até mesmo de madeira. 63 - O padrão técnico do etanol já faz dele um produto tão regular quanto a gasolina? Embora já se tenha avançado nesse campo, falta uma padronização mais rígida para que o etanol se torne um produto de consumo mundial e ganhe mercado. 64 - Quantas variedades de cana-de-açúcar existem e qual é a mais produtiva para o etanol? São mais de 5 000 no banco de espécies para pesquisa, das quais 100 já têm uso comercial. Não existe aquela que se possa considerar a melhor. As grandes usinas chegam a trabalhar com dezenas de variedades simultaneamente, usando uma para cada espécie de solo e de topografia. 65 - Quais os principais desafios do etanol? A padronização técnica, o zoneamento econômico-ecológico, em que se delimitarão as áreas de produção de forma que não afetem outras culturas nem a mata nativa da Amazônia e do cerrado, e a expansão do mercado internacional. 66 - A produção de etanol por hectare plantado aumentou 40% nos últimos vinte anos. Quanto mais poderá aumentar? A perspectiva é que o melhoramento genético e a hidrólise (extração de etanol também das folhas e do bagaço) produzam ganhos de produtividade da ordem de 50%. 67 - Quais são as próximas barreiras tecnológicas? O aprimoramento genético da cana e o desenvolvimento da tecnologia de lignocelulose, por meio da qual se poderá obter etanol de diversos outros tipos de plantas. 68 - Quanto o Brasil está investindo em tecnologia? O Brasil investe 100 milhões de dólares por ano, enquanto os Estados Unidos investem 1,5 bilhão de dólares por ano somente em pesquisa. 69 - Quanto seria o investimento ideal? O Brasil precisaria investir pelo menos quinze vezes mais do que isso para empatar com os Estados Unidos e se manter na disputa pela posição de liderança. 70 - Caso os estados unidos cheguem antes ao Etanol de celulose, o Brasil estará ultrapassado? Não totalmente. Bons acordos podem garantir acesso à tecnologia. As plantas tropicais oferecem mais quantidade de biomassa do que as plantas de regiões temperadas. Até essa vantagem a natureza deu ao Brasil na corrida pelo combustível do futuro.